segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Vigia e Vergas Terras de Fé e Tradições

 

Basílio de Oliveira, 2007

Informa que o lugar de Vergas já era mencionado em 1200, pertencente ao Couto de São Romão, que constava de dez casais, três quintas e que englobava os lugares da Quintã, Cabecinhas, Parada de Cima, Ervedal, Trás da Moita, Vergas, Ponte de Vagos, Sanchequias, São Romão e Santo André, citando a Chorogragia do Pe Carvalho da Costa.

Faz biografia do Pe Manuel de Oliveira Júnior (1878-1970), primeiro pároco de Santo André de Vagos, presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Vagos. 


Gafanha da Boa Hora e o seu Povo 1900-1950


Manuel Martins Costa, 2002

Informa sobre a Monografia da Gafanha do Pe João Resende, que no ano de 1893, Joaquim Parracho e Manuel dos Santos recusaram reconhecer legalidade dos prasos da Gafanha que pagavam a José Dias Ferreira, sendo remidos em 1902, ficando os habitantes, senhores e proprietários absolutos das terras.A Capela de Nossa Senhora da Boa-Hora foi construída em 1891, substituindo capela primitiva em madeira dedicada à Virgem da Conceição, já existente em 1818 na praia da Vagueira. O mesmo aconteceu com a anterior capela do Senhor dos Aflitos na praia do Areão, sendo o orago deslocado para o Poço da Cruz, já no concelho de Mira.

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

A Diocese de Aveiro no Século XVIII

 

Mons. João Gonçalves Gaspar, 1974

Inquérito às Paróquias de Vagos em 1775

Vagos:
- O titular desta igreja e freguesia é São Tiago Maior, cuja igreja matriz está situada nesta vila de Vagos; divide-a pelo nascente o rio de Aveiro, e também pelo norte; confina pelo poente com a freguesia de São Tomé de Mira na distância de uma légua, e pelo sul, na distância de uma grande légua, confina com a freguesia de São Salvador de Covão do Lobo.

- Os párocos desta freguesia são curas anuais apresentados pelo reverendo Abade do Real Mosteiro de São Marcos da Congregação de São Jerónimo, que +e padroeiro in solidum desta igreja; o dito Mosteiro percebe todos os dízimos que costumam render ordinariamente um conto de réis.

- a dita igreja não é colegiada, nem tem benefícios alguns.
- A obrigação de reedificar, ornar e paramentar a capela-mor e sacristia desta igreja pertence aos monges do Mosteiro de São Marcos, como padroeiros in solidum da referida freguesia e é incerta a despesa que fazem na fábrica, ornato e paramentos, mas regulados uns anos por outros distará a vinte e cinco mil réis pouco mais ou menos.

-Além do pároco desta igreja não há mais curas coadjutores.

- O rendimento anual dos párocos desta igreja consiste no pé-de-altar, que percebe todo, e em dez mil réis que anualmente lhe paga o Mosteiro de São Marcos, cujo rendimento vem a importar cada ano em cento e vinte mil réis, regulados uns pelos outros.
-Não se acha esta igreja e frutos dela gravados com pensão alguma, mais que com a fábrica e obrigação que tem os padroeiros em concorrer como já fica expresso.

Vagos, 29 de Setembro de 1775
O pároco, José de Figueiredo

Clérigos residentes em 1776: O padre cura, José de Figueiredo; padre Manuel Peixoto; padre Manuel Franco

Ruas e lugares da freguesia: Residência, Rua da Cancela, Corredoura, Rua do Ribeiro, Rua Direita, Ru da Senhora, Rua do Carril, Rua das Leiras, São Romão, Santo André, Ervedal, Chancequias (Sanchequias), Fontaínhas, Ponte de Vagos, Parada de Cima, Calvão, Choca, Cabecinhas, Parada de Baixo, Vergas, Vigia, Trás da Moita, Lombo Travesso, Corgo do Seixo, Quintãs (Quintã), Lameiro, Lombomeão e Gafanha.

Tem 772 fogos.

Covão do Lobo
- O titular desta igreja e freguesia de Covão do Lobo é São Salvador: a igreja está no lugar chamado Igreja Velha, dista da cidade cinco léguas e é matriz desta freguesia anexa à de São Tomé de Mira; confina com a freguesia de Covões, do Bispado de Coimbra, na distancia de um quarto de légua, da parte ponte; e com a freguesia de Vagos, da parte do sul, na distância de duas léguas, deste Bispado.

- O pároco desta igreja é anual, intitulado cura, que apresenta o rev. vigário de São Tomé de Mira; os dízimos desta freguesia pertencem aos rev.mos padres de Santa Cruz de Coimbra.

-Esta freguesia não é colegiada.

- Para ornato e paramentos da capela-mor e sacristia, até ao ano de 1771 sempre paramentaram e ornaram os ditos rev.mos padres de Santa Cruz; do dito ano para cá diz-se que ficou obrigado o rev. vigário de Mira, quando no tal ano tomou posse. Está paramentada com todas as cores que mandam os ritos, estão em bom uso, e há já anos que nada gastam; o que com estes paramentos gastaram e com a sacristia não estou ciente, e só sei que depois que o rev. vigário tomou posse da dita igreja e obrigação, o que gasta por ano com azeite e cera na capela-mor será pouco mais ou menos novecentos e sessenta reis; também costuma só em quinta-feira maior dar - e tomar - a cera da serpentina, a do candeeiro e o círio pascal; para isso recebe todos os aniversários quatro alqueires de milho, chamados folhas, morrendo marido ou mulher, de cada fogo desta freguesia.

-Não há mais que o próprio cura.

- O pároco desta freguesia é apresentado tão somente pelo dito rev. vigário de Mira, de quem recebe a côngrua de oito mil réis, com a obrigação de todos os domingos e dias santos do ano dizer as missas pro populo; os batizados, recebimentos, nocturnos e folar um por outro renderão pouco mais ou menos oitenta mil réis, e não tem mais rendimento algum.

-Esta igreja não se acha gravada com nenhuma pensão eclesiástica perpétua nem ad tempus.

Residência de Covão do Lobo, 25 de Setembro de 1775
O pároco, Pedro Fernandes de Almeida

Lugares da freguesia: Residência, Igreja Velha, Chousa, Lugar, Eiras, Rua da Capela, Fonte do Rei, Corgo, Costa, Juncal, Moitinha, Moita Velha, Cabeços de Baixo, Angeão, Parada, Ponte de Vagos, Pardieiros, Estrada de Vagos, Vila de Sorães, Murco, Mesas, Andal e Caminho.

Tem 271 fogos.

Soza
- O santo titular desta freguesia é o Arcanjo São Miguel; esta igreja está sita na vila de Soza; desta esta igreja da cidade de Aveiro uma ou quase duas léguas; é igreja matriz. Confina com a freguesia de Vagos para o poente e dista esta igreja à de Vagos um quarto de légua; para a parte do sul confina com a freguesia de Covão do Lobo e dista esta igreja à do Covão do Lobo quase duas léguas; para a parte nascente confina com a freguesia da Mamarrosa e dista légua e meia; confina também com as freguesias do Troviscal e de Oiã para a parte do nascente e dista desta igreja a de Oiã duas léguas; confina  esta freguesia em alguma parte com a freguesia de Eixo para a parte do norte e dista desta igreja a de Eixo mais duas léguas; confina também esta freguesia para a parte do norte com a freguesia de Ílhavo e dista esta igreja a de Ílhavo uma légua. Perto desta igreja há um rio, que é braço de mar, e com ele se comunicam águas de várias partes; por esta freguesia passa uma estrada chama estrada de Aveiro, que vai de Coimbra para Aveiro, há também outra estrada, ainda menos frequentada, que vai das partes do Covão do Lobo para a cidade de Aveiro - as quais vão de sul para norte.

-O pároco desta freguesia é reitor colado e perpétuo, a quem apresenta o Ilustríssimo Duque de Lafões; não rende dízimos, só tem de côngrua cem alqueires de trigo, cinquenta almudes de vinho, anualmente, que lhe dá quem arrenda a comenda da dita vila de Soza. O dito Ilustríssimo Duque de Lafões é senhor da Comenda desta Vila de Soza e recebe os dízimos desta freguesia e de alguma parte da freguesia da Mamarrosa; anda arrendada a parte da comenda desta vila de Soza e lugares vizinhos em um conto e quinhetos e quatro mil e oitocentos reis, advertindo porém que nesta vila e lugares vizinhos também o dito Ilustríssimo Duque é senhor das rações que lhe cobram juntamente com os dízimos, e neste contrato entram o que rendem duas barcas de passar e que andam no dito rio, um prazo na freguesia do Bolho, bispado de Coimbra. Outra parte da dita comenda anda arrendada em um conto e setecentos mil reis, chamada a renda de Ouca, que entra na freguesia da Mamarrosa e outra parte da dita comenda sita no lugar de Salgueiro, desta freguesia, anda arrendada em trezentos e sessenta e um mil reis.

- Esta igreja não é colegiada

- O dito Ilustríssimo Duque, como senhor da dita comenda, tem obrigação de reedificar, paramentar e ornar a capela-mor e sacristia desta igreja; há anos que não faz despesa alguma para a capela-mor e paramentos para a sacristia; só no ano próximo passado a ilustríssima D. Joana Portela de Bragança, como geral administradora da Casa do Ilustríssimo Duque, seu irmão, deu vários paramentos para a capela-mor e sacristia desta igreja que se avaliam em quatrocentos mil reis; porém, havendo de concorrer anualmente para o que for necessário para alguns paramentos ou reparo deles parece-me suficientes dois mil reis.

Residência de Soza, 28 de Setembro de 1775
O reitor, Domingos João

Clérigos residentes na freguesia em 1776: o reitor, padre Domingos João; o cura, padre José Pinto da Silva; padre Manuel da Rosa Moitinhos; padre João Nunes de Oliveira; padre António do Sacramento e Brito; padre Cristóvão Manuel de Jesus; padre João Moreira dos Reis.

Lugares da freguesia: Residência, Picoto, Soza, Boco, Viso, Ouca, Rua Nova, Ponte, Rio Tinto, Tabuaço, Carregosa, Albergue, Tojeira, Areosa, Chousa, Azenha do Diogo, Vila Nova, Palhaça, Roque, Fontão, Salgueiro, Colmeais, Fareja, Covas, Favacal, Bemposta, Cabedelo, Boavista, Lavandeira, Pedricosa.

Tem 832 fogos.

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Imprensa e jornais periódicos de Vagos

A. Zagalo dos Santos, Imprensa periódica do distrito de Aveiro, in Arquivo do Distrito de Aveiro, vol. IX, 1943, pp. 121-158








Jornal A COMARCA
O Dr. Vasco Rocha, em 1921, publicou dois ou três números.

Jornal CONCELHO DE VAGOS
Defendendo a política republicana, apareceu em 1919, sendo um dos seus diretores Manuel Brito Pereira de Resende. Saiu da Tipografia Social, de Ílhavo. Manuel de Almeida Teixeira também o dirigiu.

Jornal CORREIO DE VAGOS
Para combater a política progressista do «Jornal de Vagos», começou a sua publicação em 1907, saindo da tip. local de João Pereira, natural de Aveiro. Mais tarde, passou a ser impresso na de Augusto Maia, que era de Vagos. Entre os seus diretores, falaremos do farmacêutico Edmundo Rosa. Sob a sua direção defendeu a política regeneradora. Na República, defendeu primeiro a política do partido do Dr. António José de Almeida (evolucionista) e a de Sidónio Pais, durante a sua curta ditadura. Foi também paladino da religião católica e teve larga influência na política local.


Jornal ECO DE VAGOS
Começou a sua publicação em 1899, mudando pouco depois, para JORNAL DE VAGOS, e com este cabeçalho viveu até 1915 ou 16. Durante a Monarquia, serviu a política progressista e, na vigência da República, o partido democrático. (Partido Republicano Português). No primeiro período, vários diretores o orientaram, podendo mencionar-se o Dr. Machado, de Ílhavo; o Dr. Aurélio Marques Mano e António Carlos Vidal. No segundo período, foram seus diretores os Drs. Vasco Rocha e Raul Antero Corrêa e António Vidal (filho) e como adm. João António de Morais Sarmento. Foi o jornal que primeiro apareceu em Vagos e o que mais larga influência teve. Foi impresso, primeiramente, na tipografia local de José Maia, depois na de seu sobrinho Augusto Maia. Mais tarde, saiu de uma tipografia que era propriedade do, ao tempo, Conservador do Registo Predial, Dr. José Rodrigues Sobreiro, e por fim de uma tipografia, em Aveiro, do Largo do Espírito Santo. 

Jornal ECO DE VAGOS
Foi seu diretor Fernando Silva e por fim Duarte da Rocha Vidal. Defendeu a política republicano regionalista. Era quinzenário. Por causa das Festas da Senhora de Vagos, abriu-se conflito entre os párocos de Cantanhede e o de Vagos, sendo este jornal a favor do primeiro. Como a campanha fosse rude, o prelado da diocese, para pôr ponto final na conversa, transferiu o segundo. Foi primeiramente impresso na Tipografia Universal de Aveiro e por último na «Beira Mar» de Ílhavo. Não sabemos a data do seu aparecimento.

JORNAL DE VAGOS
Em fins de 1898 ou princípios de 99 começou o combate pelos progressistas do concelho e viveu até à proclamação da República. Nessa data, orientadores e colaboradores abandonaram a política e mataram o jornal.

Jornal O LÁ
Julgamos que, com este título, se publicou quando o «Jornal de Vagos», um semanário. independente dirigido pelo seu proprietário A. M. Marques Vidal. Teve vida curta.

Jornal A ORDEM
Jornal republicano democrático, que o Dr. Vasco Rocha dirigiu. Foi seu editor Artur Trindade. Publicou-se de 22 de Junho a 5 de Julho de 1914. Tip. Social de Procópio de Oliveira − Ílhavo. 

Jornal PYRILAMPO
Em Soza, do concelho de Vagos, há informação que se publicaram, nos fins do séc. 19, três números de deste jornal.

O POVO DE VAGOS
Semanário republicano, que o Dr. Vasco Rocha dirigiu de 15 de Maio a 24 de Julho de 1915.
Tip. a vapor «Silva» − de Aveiro.

Apontamentos para a história de Vagos


 Paulo Frade, 2000

Coletânea de apontamentos para a História de Vagos coligidos a partir de 1900 pelo Dr. João José dos Santos Graça em periódicos locais, sobre os escritos de João Augusto Marques Gomes que intentava reunir no Jornal de Vagos desde Janeiro de 1899. Contrapõe informação errónea publicada no livro O Distrito de Aveiro de Marques Gomes editado em 1877. 

Informa sobre a lenda, memória e descrição do Santuário da Virgem de Vagos, citando Frei Agostinho de Santa Maria, em artigos publicados no jornal de Vagos (n°81-83); antiguidade de São Romão de Vagos, citando Pinho Leal de que já existia ao tempo do conde D Henrique, dando-lhe el rei D Sancho II foral em 1190 na doação de Couto a D João Fernandes (n°85-86); descrição da igreja paroquial de São Tiago de Vagos (n°87-88); Capelas existentes na vila de Vagos e Freguesia (n°90-94).

Vagos: Memórias de um povo


Sandra Cristina Ferreira dos Santos, 2002
Reviver-Editora

Síntese monográfica sobre o Munícipio de Vagos, informando sobre a heráldica municipal, património, feiras, festas e romarias, artesanato e gastronomia, lendas e invocações e breve história de cada uma das oito freguesias.
Sobre Vagos cita António da Rocha Madaíl

Anexa bibliografia utilizada: Soza e as suas gentes de Manuel de Almeida (1984); O Mosteiro de Grijó de Inês Amorim (1997); Memórias Históricas de São Romão de Vagos de António Capão (2000); Inventário Artístico de Nogueira Gonçalves (1959); A Gândara: Povoamento e evolução politico-social (séc. XI-XV) de Maria Alegria Fernandes Marques (1998); A Gândara Antiga de João Reigota (2000); Apontamentos para a história de Vagos por J. Graça em polémica com Marques Gomes de João José dos Santos Graça (2000).


Lendas de Sosa


 João Pedrogam, 2001

Faz síntese histórica sobre a freguesia de Soza citando a anterior monografia de Manuel de Almeida, acrescentando capítulo sobre a Ordem dos Ermitas de Santa Maria de Rocamador. Informa sobre o desaparecido pelourinho de Soza, também descrito por Manuel dos Santos Costa na monografia de 1931. 
Resume com pouca informação as Capelas de São Sebastião, da Senhora do Encontro, informando erroneamente que a igreja paroquial de São Miguel de Soza também é conhecida por igreja de Nossa Senhora dos Anjos, confundindo a invocação  de anterior capela existente perto do Cruzeiro de Soza.
Informa sobre a Capela de Nossa Senhora do Pilar da Lavandeira (p.28) explicando a sua ligação a São Tiago, corroborando que a imagem existente em Capela privada primitiva da família Ribeiro, a imagem em pedra do século XV será um São Tiago e não um São Roque, como aparece referido; sobre a Capela de São João Baptista do Fontão; Capela de Santo Inácio de Antioquia do Boco; e Capela de Nossa Senhora da Graça de Salgueiro. Dá informação sobre os fontanários da freguesia, azenhas, associações religiosas, párocos, Casa da Pedricosa, costumes e tradições.

Memórias de Ouca

Eurico Simões Pena, 2008
Edição da Junta de Freguesia de Ouca

Importante síntese monográfica sobre a freguesia de Ouca dando informação sobre a história da freguesia, a criação da freguesia, igreja e capelas, párocos, toponímia, devoções e costumes religiosos, ensino, junta de freguesia e presidentes.

Cita a documentação do Convento de Jesus de Aveiro sobre Ouca, a Chorografia do Pe. António Carvalho da Costa de 1708 (103), as Informações paroquiais de 1721, de 1756 e de 1775.

1290 - Ouca parece regista no Rol das Cavalarias do Vouga como "Auca".
1448 - Aquisição da Quintã de Ouca por Diogo de Ataíde da Casa de Atouguia e D. Brites Leitão, fundadora do Convento dominicano de Jesus de Aveiro, passando esta grande propriedade para a gestão da casa conventual.
1514-08-12 - Referida no foral de Vagos como "Ouqua"
1721 - Referida na informação paroquial de Soza.
 

Soza e as suas gentes (Monografia): da idade média aos nossos dias

Manuel de Almeida, 1984

Importante monografia sobre a Vila e Paróquia de Soza.

O autor refere entre outras a consulta das seguintes fontes: Diplo.et Chartae; Os Brasões da Sala de Sintra; Notre-Dame de Roc-Amador; Monarquia Lusitana, A História da Igreja em Portugal, Arquivo do Distrito de Aveiro, Livros de Visitações da Igreja de Soza; Livros de inventários dos Bens da Igreja de Soza; Actas da Câmara Municipal de Soza; Actas da Câmara Municipal de Vagos; Actas da Junta de Freguesia de Soza; Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado.

Refere também a monografia anterior da Vila de Soza escrita por Manuel dos Santos Costa editada em 1931. 
Transcreve o foral da Vila de Soza de 16 de Fevereiro de 1514.
 

São Tiago de Vagos

Pe. Manuel António Carvalhais, 2011

edição da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Vagos

Importante monografia sobre a Paróquia de São Tiago de Vagos informando de síntese histórica comparativa sobre a evolução da Paróquia de Vagos, seu padroado e capelas anexas.

Dá notícia do património artístico e arquivístico à guarda da Paróquia de Vagos. 


Santo António de Vagos - A Freguesia e o Padroeiro

Aida Viegas Pires, 2011

Contém informação sobre a Paróquia e Freguesia de Santo António de Vagos.

Consulta para a história da freguesia:
-Dicionário Chorográfico de Portugal Continental e Insular de Américo Costa editado em 1943, citando os lugares pertencentes à Vila de Vagos: Corgo do Seixo, Lameiro do Mar, Lameiro da Serra, Quintã e Lomba, pertencentes a esta freguesia e que cita a Chorografia Portuguesa do Pe. António Carvalho da Costa de 1708.

-O Districto de Aveiro de Marques Gomes editado em 1877 (p.306-308), dando informação sobre Vagos: "Freguesia de 170 fogos e 423 habitantes situada a 1 quilometro a E. de um grande areal da parte sul da ria de Aveiro a 12 quilometros da capital de Distrito; o orago é São Tiago e o prior João de Miranda Ascenso. É Vila e cabeça de Concelho do mesmo nome. Era dos condes de Aveiras. Pertenceu até 1853 ao concelho de Soza. Tinha juiz ordinário, vereadores, dois tabeliães do judicial e notas e uma companhia de ordenanças.

Informa sobre a lenda do Santuário de Nossa Senhora de Vagos, sendo "tradição que, naufragando junto à Vagueira um navio francês, o capitão apenas pode salvar uma imagem de Nossa Senhora que trazia a bordo, e que escondeu numa mata que distava uma légua do mar. Partiu então para a Vila de Esgueira, terra que lhe ficava mais próxima, onde deu parte do sucedido ao pároco. Voltando ambos com outra muita gente à mata, não encontraram a imagem. Estando D. Sancho I em Viseu, lhe apareceu em sonhos a Virgem, mandando que lhe edificasse casa no sitio onde se escondia. O monarca mandou logo levantar a sumptuosa ermida e perto dela uma torre para reparo e defesa dos que a visitassem. Em 1700 ainda existiam as quatro paredes da torre com 60 palmos de altura fora das areias, mostrando fosso que fazia dentro ter enterrado outro tanto."

Informa sobre São Romão, "couto e sede de uma igreja paroquial que já existia nos começos da monarquia. D. Sancho doou-o a D. João Fernandes e D. Fernando João, filho deste, o doou ao Santuário de Nossa Senhora de Vagos em 1202, passando depois para o asceteiro de Grijó."

Referencia os Marqueses de Vagos: 1835-12-17 - D. Maria José da Silva Tello de Menezes Côrte Real; e 1863-12-28 - José Tello da Silva e Menezes Côrte Real.

- O Dicionário Antigo e Moderno de Pinho Leal editado em 1882 (p.28-35), onde informa que o concelho compreende apenas três freguesias - Covão do Lobo, Soza e Vagos com 2.530 fogos.
Refere que há uma ermida dedicada a Santo André que, segundo a tradução, foi igreja de um hospício dos templários. A ponte sobre o rio Boco que liga Vagos a Ílhavo foi iniciada a construção em 1872-01-02, projeto do Engenheiro Silvério Augusto Pereira da Silva, pioneira na sua construção mista de ferro e madeira, apropriada ao terreno, sendo inaugurada em 1873-08-27, sendo enviada pela Direção de Obras do Distrito à Exposição de Filadélfia o seu modelo e estudo, onde recebeu grande elogio .