1614
A Capela de São Sebastião de Vagos data de 1614, pela cronologia
inscrita na porta, provavelmente erigida por um voto contra as epidemias
frequentes desde o século XIV.
Tem planta circular, frontão em volutas e remate cruciforme, de
configuração estilística semelhante ao da fachada da igreja paroquial de Vagos.
À frente da capela existe uma fonte em pedra granítica com decoração incisa e
depósito quadrilobado, outrora existente junto ao adro da igreja paroquial.
O seu interior resguarda retábulo calcário seiscentista expondo a
imagem de São Sebastião, adquirida em 2006, tendo a primitiva imagem em
calcário policromado sido furtada em janeiro de 2002.
A devoção a São Sebastião é recorrente em Portugal, revestindo-se
de particular importância nas comunidades agrícolas devido à sua proteção
contra a fome, a guerra e a peste. Esta trilogia de fatalidades foi pontuando a
vida em Portugal desde a sua fundação, nas guerras constantes para conquista e
afirmação de posse do território, nas pestes que grassaram entre os séculos XIV
e XVI e na fome decorrente destes dois últimos fatores e de maus anos
agrícolas. Perto desta capela surgiram, no século XIX, sepulturas em pedra,
quando o Visconde de Valdemouro mandou proceder a uma sondagem para detetar
água.
A sua festa realizava-se desde o século XIX no final de outubro ou
início de novembro, marcando o fim das romarias de Vagos e arredores, hoje
inativa.
Cronologia:
1614 - Construção da capela de São Sebastião de Vagos.
1721-05-17 – A capela de São Sebastião é referida por Frei Eusébio de Santa
Clara na informação paroquial da Vila de Vagos como sendo do povo.
1758-04-20 – Referida por Frei José de São Luiz na informação paroquial de
Vagos como ermida sujeita à igreja paroquial.
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IPA.00026436
- Na
entrada de Vagos, do lado nascente.
Portugal, Aveiro, Vagos,
União das freguesias de Vagos e Santo António
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